"Para pessoas humildes como nós, não tem preço ter uma clínica de fisioterapia aqui na cidade", diz Maria José Pereira da Silva, a dona Zezé, após a realização da sua 10ª sessão de fisioterapia na nova clínica junto à Unidade Básica de Saúde da sede, em Faxinal do Soturno.
O serviço passou a ser ofertado no município há cerca de um mês e já contabiliza mais de 260 atendimentos. Até então, os pacientes faxinalenses eram levados pela prefeitura até Paraíso do Sul, em uma viajem de 60 quilômetros - 11 km de estrada de chão - para fazer as sessões de fisioterapia no Hospital Paraíso.
O atendimento é feito pela fisioterapeuta Cléia Rocha de Oliveira, especialista em Fisioterapia Musculoesquelética, mestre em Biologia Celular e Molecular aplicada à Saúde e doutora em Geriatria e Gerontologia. As experiências profissionais incluem seis anos de clínica e 15 anos de docência. Ela só tem elogios à Capital do Carinho.
- Estou adorando a cidade. É muito calma, bonita e o povo é muito acolhedor. Tem muita qualidade de vida - afirma.
Para o secretário municipal da Saúde, Lourenço Moro, a abertura da clínica é a concretização de uma meta de 2017.
- Nós levávamos cerca de 20 pacientes, duas vezes na semana, para Paraíso do Sul, que era a referência para esta especialidade. Mas as pessoas sofriam muito com o deslocamento e algumas acabam não fazendo o tratamento em razão dessa viagem - relata.
Com a instalação da clínica em Faxinal do Soturno, o acesso ao serviço foi facilitado. A sala foi equipada com recursos próprios do município e através de parceria com o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), de Santa Maria.
A clínica de fisioterapia é climatizada e equipada com exercícios de marcha, alongamentos, TNS, infravermelho, ultrassom terapêutico, forno de Bier, barras paralelas, bicicleta ergométrica, bolas suíças, espaldar, entre outros objetos necessários para a realização das atividades.
Segundo médico clínico geral Igor Freire, que atende na atenção básica de saúde do município, "é de extrema importância a oferta de fisioterapia no serviço público de saúde". Segundo ele, em muitos casos, o tratamento medicamentoso não é suficiente para a recuperação dos pacientes e a fisioterapia complementa e dá continuidade ao processo. São exemplos as doenças osteomusculares, articulares, reumatológicas e respiratórias, além de pacientes com sequelas isquêmicas cerebrais, pós-operatórios e em casos de longas internações.
Dona Zezé trabalha como manicure e sofre de dores na coluna. Desde que começou o tratamento, ela se sente melhor. Já Rosineli Terezinha de Souza, moradora da Vila Verde Teto, sofre de artrose bilateral nos joelhos e já realizava o tratamento em Paraíso do Sul, há cerca de um ano e meio. Na clínica faxinalense, ela já está na quarta sessão e se sente aliviada por não precisar mais viajar. Desde o início dos atendimentos, a agenda da fisioterapeuta está sempre cheia.
*Com informações da prefeitura